Monitoramento do Consumo de Pescado Pela comunidade Ribeirinha no Baixo Madeira Porto Velho - RO
Este estudo de monitoramento está inserido no projeto que tem como alcunha
O principal objetivo desse estudo é avaliar a exposição humana ao metilmercúrio nas populações ribeirinhas. Sabe-se que o mercúrio é de grande interesse ambiental e a chegada deste elemento nas comunidades é principalmente pelo consumo de peixes.
É fundamental avaliar a quantidade de peixes em termos diários que eles estão consumindo e quais espécies que eles priorizam no momento do consumo ao longo de um ciclo hidrológico. A partir disso será calculada a taxa de ingestão de mercúrio.
O estudo terá a duração de um ano (1 Ciclo Hidrológico) e as visitas da equipe são realizadas de dois em dois meses nas comunidades do Baixo Madeira nos distritos do município de Porto Velho no estado de Rondônia, especificamente em Calama, Nazaré e São Carlos. Os cidadãos que participam do projeto recebem uma balança digital e blocos mensais para fazer as anotações de consumo de peixe.
Entrevistas com os participantes das comunidades. Foto: LBGQA-WCP.
A cada dois meses a equipe retorna aos distritos. A população é informada com antecedência, com o auxílio dos agentes comunitários e dos bolsistas locais que participam do projeto.
Material para as atividades no Distrito de Nazaré.
Área de estudo, distritos de Calama, Nazaré e São Carlos.
Os encontros com os participantes ocorrem na Unidade Básica de Saúde da Comunidade ou em uma Escola Municipal. Àqueles que não conseguem ir até o local, a equipe se desloca até as residências para coletar as informações.
Monitoramento do Consumo de Pescado na Comunidade do Lago Puruzinho, Humaitá-AM
Este monitoramento de consumo de pescado também está sendo realizado na comunidade do Lago Puruzinho, em Humaitá- AM. O principal objetivo é avaliar o consumo de peixe da população ribeirinha e a partir disso estimar a exposição humana ao metilmercúrio nessa comunidade. O mercúrio, sendo um elemento de grande relevância ambiental, chega nessas comunidades através do consumo de peixe, portanto, é de fundamental importância saber quanto a população está consumindo em termo diários e quais as principais espécies que eles priorizam. Desta forma, coletando essas informações, será calculada a taxa de ingestão de mercúrio.
Pesquisadores, colaboradores e moradores (Erika C. A. Noza, Charlliene L. da Silva, Renata V. Guacebe, Yara R. M. S. Gomes, Thayson A. Canela, Raimundo N. dos Santos, Talita S. Santos). Foto: LBGQA-WCP.
O estudo tem duração de um ano (1 Ciclo Hidrológico) e a visita de toda é equipe é feita presencialmente de 3 a 4 meses e neste momento é deixado com os participantes os blocos de anotações dos 4 meses seguintes. Porém, a pesquisa tem a colaboração de moradores locais, professora e alunas de iniciação científica do ensino fundamental. As alunas acompanham mês a mês nas residências dos participantes para coletarem as anotações referente ao consumo e a professora também auxilia na comunicação com a comunidade. Para que fotos e as anotações cheguem mensalmente aos pesquisadores de Porto Velho, toda a comunicação é realizada por WhatsApp. A ciência cidadã é fundamental, pois inserir as pessoas da própria comunidade na pesquisa é uma forma de incentivo aos participantes continuarem desenvolvendo as atividades.
Na residência de uma das participantes a pesquisadora (Yara Gomes) entrega os blocos de anotações e a aluna de iniciação científica (Talita Santos) acompanhando passo-a-passo. Foto: LBGQA-WCP.
Equipe chegando à comunidade.
Yara R. Maia dos Santos Gomes
Mestranda
Prof. Dr. Wanderley Bastos
Orientador
Thayson Araujo Canela
IC Biologia